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    Há 5 anos

15 junho 2007

Equilíbrio x Extremos

[caráter é o que o homem é no escuro] Gui, by Fe

Queria compartilhar com todos vocês uma das milhares de idéias que pairam na minha mente há tempos.

Em várias situações, eu já ouvi que o equilíbrio é uma qualidade muito boa, que a diplomacia traz sempre harmonia aos ambientes, que a imparcialidade é uma vantagem e que pessoas incisivas são difíceis de lidar.
Em muitas outras, ouvi que são as pessoas que têm personalidade forte, opiniões formadas, idéias firmes em mente que merecem grande estima e talvez um emprego, ou até uma sociedade, com Roberto Justus.

Isso sempre me trouxe algumas dúvidas e muita confusão. O que eu deveria buscar mais? A diplomacia ou a firmeza de opinião? Apostar nos extremos ou no equilíbrio?
Como quase todas as respostas "pós-Einstein", depende (mas eu não gosto dessa resposta, porque ela já revela uma posição de equilíbrio, quase imparcial).

Em algumas questões, devemos ser incisivos e extremos, sim. Como por exemplo, nos nossos valores. Temos que tê-los dentro de nós. Firmes. Imutáveis. Só pra ilustrar, a mãe de um amigo, professora da GV, pediu aos alunos de Administração que dissessem 4 valores dos quais eles jamais abririam mão. Ninguém se manifestou. Ela cedeu, 3 valores, então. Nada. 2 valores. Ninguém. 1, apenas 1. Uma coisa de que vc jamais abriria mão, por nada. E ninguém respondeu. Um aluno levantou e afirmou que desistiria de tudo por dinheiro, por muito dinheiro, claro.
Vejam onde chegamos.
Mas, voltando, essa é uma situação onde devemos ser extremos, é a base do nosso caráter, das nossas crenças, de quem somos. Devemos nos agarrar aos nossos valores de qualquer forma, e não ceder por nada. É uma questão de caráter, de moral.

Por outro lado, creio que a maleabilidade, o equilíbrio, a diplomacia podem e devem existir também. Só que enquanto a rigidez e o extremo se aplicam ao nosso caráter, valores e moral, isso é, se aplicam a nós, a diplomacia e o equilíbrio se aplicam na nossa relação com os outros.
Quando somos dóceis, compreensivos e balanceamos os dois lados de alguma questão, conseguimos mais contato com as pessoas, elas nos ouvem com menos preconceitos, nos aceitam mais facilmente do que se fôssemos categóricos.

Mas isso não contradiz a firmeza dos valores, Emily? Não. Creio que não, porque você não está se desvencilhando da base do que você acredita, do que você é. Apenas está sendo mais maleável para o outro poder entender esses seus valores.

Equilíbrio versus extremos, qual comportamento manter? Quando for em relação ao seu próprio caráter, seja extremo sem medo. Quando for lidar com outras pessoas, seja o mais equilibrado possível.


Isso tuso é só para eu conseguir tirar da cabeça um daqueles pensamentos que ficam martelando: é assim ou é assado? é melhor assim ou não é? Eu só queria sistematizar tudo e esclarecer a mim mesma.

...Ou, como diria a Cah, eu só queria fazer um fichamento.


P.s.1.: Embora pareça contraditório, acho que, quando as pessoas percebem que seus valores estão errados, devem mudar, sim. Mas, enquanto reconhecer que é naquilo que ela acredita, se apegar, mais do que tudo.

P.s.2.: Falando em tudo isso, caráter, valores, etc, não comentem por comentar, reflitam e se quiserem, compartilhem seus valores.

4 comentários:

Vinícius disse...

que texto legal, Mi.

Porém, quem age como você propõe ("extremismo" em valores pessoais e "equilíbrio" socialmente) acaba sendo extremista em só agir dessa maneira.

Tá, escrevi confusamente. Mas é que acho que ambos não são contrários... acho que todos somos 100% extremistas e que, diante disso, devemos ser equilibrados ao extremo, entende? rs.

Gosto da clareza com que escreve. Isso é difícil.

:)

Emily Caroline da Silva disse...

brigada, vi...

"100% extremistas", "equilibrados ao extremo", e "eu propus uma visão extremista"??? rsrs, sim, vc escreveu confusamente, rsrsrsrs... brincadeira...
que bom q gostou...
são só pensamentos vagos registrados...

beijinhos ;*

Cah disse...

Estamos então buscando um extremismo equilibrado ou um equilibrio extremo?

Bom eu sou a favor de seguir a cabeça e o coração nas proporções que mais se ajustarem a situação vivenciada... Pra mim não tem como ser uma coisa só o tempo todo, o importante é não abrir mão daquilo que guarda dentro de si e acha importante, mesmo que não seja pro Roberto Justus, afinal ele não é o Roberto Justo!

Belo fichamento amiga!
=)

Emily Caroline da Silva disse...

thanks honey!

Canto em Silêncio