• Navegar na Internet - Não se usa mais "navegar na internet", talvez porque 'navegar' conota um papel ativo e um senso de direção que andam bem raros. Tanto que não me surpreende...
    Há 5 anos

03 outubro 2007

Estória

Era linda, a bolha.

Refletia-se com seu brilho arqüirisante, fascinal. E os ólhos, sóis da manhã. Flutuava entre os cotidianos, magical. Quê, mistério complexo. Ao lado, em baixo, baixinho, espionava a sensacional. Sentia o calor dos sóis nos seus, as cores diversas, o brilho, todo o mistério dentro daquilo, bolha. Tremia. Era longe, era ilusão. Espionava-a, quietinho, e sentia borboletas quando um brilho, uma faiscazinha, correspondia. Até parece!

Criou coragem. Era preciso pular muito, mesmo, para alcançá-la. Não por causa dela, que agora se colocava à sua altura, chamando-o inhamente. Ele que colocava-se baixinho, quietinho; era consciente, tadinho. Sabia, se a tocasse, explodiria, oras, como de sabão. Sabia! Assim são as bolhas, de outro mundo, irreais. O encanto partiria.

Tentou, apesar, esperançoso, iludido:

Puf!

Mesmo assim, é, bem, os sóis, nascem toda manhã. É que é tudo dôido, doído, acentuadíssimo. Sorriso de vida, eterno como a esperança permanente, estranha.

Era bolha, a linda. Ou melhor, é, linda, e ele não tentou, não tentará, eu acho. É tudo suposição, e ele, tadinho, é consciente. Silêncio.

Vinícius Cássio Barqueiro "inho", outubro de 2007

Canto em Silêncio